REDOME - Cadastro de Doadores de Medula Óssea
fonte: https://redome.inca.gov.br/
O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) foi criado em 1993, em São Paulo, para reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. Desde 1998, é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.
Com mais de 5,5 milhões de doadores cadastrados, o REDOME é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e pertence ao Ministério da Saúde, sendo o maior banco com financiamento exclusivamente público. Anualmente são incluídos mais de 125 mil novos doadores no cadastro do REDOME.
Missão
Promover ações integradas voltadas para o atendimento de excelência aos doadores voluntários, em benefício dos pacientes que necessitam de terapia celular e transplante de medula óssea.
Visão
Exercer seu papel na política nacional de terapia celular e transplante de medula óssea, e na cooperação com entidades nacionais e internacionais, tornando-se referência mundial no cuidado e segurança dos doadores voluntários, bem como no apoio à inovação e pesquisa científica.
Valores
- Ética
- Diversidade Genética e Cultural
- Equidade
- Respeito
- Transparência
- Transparência
- Humanização
- Segurança
- Cooperação
- Inovação
Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante é procurar um doador compatível entre indivíduos, não familiares, na população regional ou mundial, que representem os diversos grupos étnicos (brancos, negros, amarelos etc.) e sua miscigenação. O REDOME reúne todos os dados dos voluntários, como nome, endereço, resultados de exames e características genéticas.
Sempre que potenciais doadores compatíveis são identificados, a equipe REDOME entra em contato para confirmar a vontade e a disponibilidade destes realizarem a doação. A informação é logo transmitida ao médico do paciente inscrito na busca de um doador e este, junto com a equipe do REDOME, analisa as melhores possibilidades, faz a escolha e é dado início aos procedimentos de seleção. Os doadores são, então, convocados a realizar os testes confirmatórios e a avaliação clínica. A retirada das células para a doação é feita em um hospital habilitado, o mais próximo possível da residência do doador. Assim que retiradas, as células são transportadas até o centro onde o será feito o transplante.
O REDOME atua articulado aos cadastros de todo o mundo. Atualmente, a busca por doadores para pacientes brasileiros é realizada simultaneamente no Brasil e no exterior. Os bancos internacionais também acessam os dados dos candidatos a doadores a partir de sistemas especializados.
Como se Tornar um Doador
Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é preciso ir ao Hemocentro mais próximo da sua cidade, realizar um cadastro no REDOME e coletar uma amostra de sangue (10 ml) para exame de tipagem HLA.
O que é necessário?
- Ter entre 18 e 35 anos de idade (O doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade).
- Um documento de identificação oficial com foto.
- Estar em bom estado geral de saúde.
- Não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea.
Doenças Impeditivas do Cadastro e da Doação
AIDS / HIV
Pessoas diagnosticadas com HIV (AIDS) não poderão realizar o cadastro no REDOME.
HEPATITE
– Hepatite A: Pessoas curadas, estão liberadas para o cadastro e a doação.
– Hepatite B: Pessoas com carga viral negativa, poderão ser cadastradas e, posteriormente, avaliadas para doação.
– Hepatite C: Não será permitido o cadastro.
CÂNCER
Para todos os tipos de câncer NÃO serão permitidos o cadastro e nem a doação, EXCETO para o de pele – Carcinoma Basocelular e o de Colo de Útero, caso tenham sido tratados somente com cirurgia.
DOENÇAS AUTOIMUNES
O cadastro será permitido nos seguintes casos:
– Tireoidite de Hashimoto e Doença de Graves tratadas com sucesso e situação clínica estável.
– Psoríase controlada, somente no caso de uso de medicação tópica
– Vitiligo, sem uso de medicação.
Não será permitido o cadastro em casos de:
– Artrite Reumatóide
– Lupus
– Fibromialgia
– Esclerose Múltipla
– Síndrome de Guillain-Barré
– Púrpura
– Síndrome Antifosfolipídica
– Sindrome de Sjogren
– Doença de Crohn
– Espondilite Anquilosante
EPILEPSIA
O cadastro é permitido nos casos da doença controlada, sem uso de medicação e crise há mais de três anos.
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST)
O cadastro é permitido em casos de DST tratadas (Herpes, HPV, Clamídia e Sífilis).
DIABETES
Pessoas diagnosticadas com diabetes deverão consultar o seu médico para analisar a atual situação clínica:
– Diabetes bem controlada, seja por dieta ou medicamento, será permitido o cadastro.
– Nos casos de diabetes em que é necessário o uso de insulina ou outra medicação injetável para tratar a própria doença ou doenças renais, cardíacas, do nervo ou dos olhos (relacionadas com a Diabetes), o cadastro não será permitido.
ASMA
Somente com uso de bombinha inalatória poderá se cadastrar e doar.
HIPOTIREOIDISMO
Liberado o cadastro e a doação.
HIPERTIREOIDISMO
Impedido o cadastro e a doação.
TUBERCULOSE
– Tuberculose Pulmonar: Liberado para o cadastro e a doação, após cinco anos de tratado.
– Tuberculose Extrapulmonar: Inapto para o cadastro e a doação.
USO DE DROGAS
– Alcoolismo Crônico: Inapto para o cadastro.
– Maconha: Liberado.
– Cocaína: Liberado o cadastro e afastado para doação por 12 meses, a partir da data da última utilização. No caso de uso injetável, é impedido o cadastro.
– Crack: Liberado o cadastro e afastado para doação por 12 meses, a partir da data da última utilização.
DOENÇA PSIQUIÁTRICA
– Depressão: Liberado o cadastro e a doação.
– Esquizofrenia: Impedido o cadastro.
– Transtorno Bipolar: Impedido o cadastro.